O avanço cada vez mais rápido da tecnologia afeta todas as áreas e empreendimentos, e em shopping centers não é diferente. O tempo todo surgem novas tendências para shopping centers, e todo gestor de shoppings precisa entender as novidades do mercado para não ficar para trás.
Pensando nisso, mapeamos 5 novas tendências do mercado para shopping centers e as compilamos neste artigo. Boa leitura!
Tecnologia e inteligência na segurança
A segurança é um tópico essencial para a gestão de shoppings. Afinal, a movimentação no empreendimento é constante, desde as primeiras horas do dia, com a entrada de funcionários, prestadores de serviço e fornecedores de mercadorias, até o final da noite, momento em que ocorrem atividades de limpeza e manutenção.
Além disso, os frequentadores de um shopping center buscam um lugar seguro para passear e fazer suas compras. Portanto, investir na segurança também significa ter como retorno um maior fluxo de clientes. Nesse contexto, uma das tendências para shopping centers atualmente é o investimento em tecnologia e inteligência para segurança.
Um exemplo da aplicação de inteligência em tecnologia é o uso de CFTV (circuito fechado de televisão) de forma estratégica. Uma maneira estratégica de utilizar os sistemas de CFTV é não se limitar apenas às áreas internas dos shopping centers, estendendo-se aos arredores do empreendimento. Assim, a vigilância garante a segurança dos frequentadores de forma mais abrangente.
Além do monitoramento por câmeras, a implementação de sistemas de controle de acesso automatizados é uma prática cada vez mais comum em shopping centers modernos. Isso não apenas aumenta a eficiência, mas também contribui significativamente para a segurança. A utilização de cartões de acesso, biometria e outros métodos automatizados não apenas agiliza o fluxo de funcionários, mas também reduz as oportunidades para atividades suspeitas.
Por fim, a análise de risco é outra ferramenta essencial para identificar áreas potenciais de vulnerabilidade. Ao realizar uma análise detalhada e criar uma matriz de risco, os shopping centers podem priorizar recursos e investimentos em segurança.
Gestão eficiente de dados
Outra tendência que tem se consolidado entre os shopping centers é a gestão eficiente de dados.
A implementação de Big Data no varejo tem se tornado uma prática essencial para shopping centers modernos. Grandes conjuntos de dados são coletados a partir de diversas fontes, como transações de compras, comportamento online, movimentação no espaço físico do shopping e interações nas redes sociais. A análise desses dados em larga escala, com a ajuda de inteligência artificial, oferece uma visão estratégica sobre padrões de compra, preferências do consumidor e tendências de mercado.
A partir do Big Data, os shopping centers podem otimizar a gestão de estoque, antecipar demandas sazonais e até mesmo ajustar dinamicamente a disposição de lojas no espaço físico. Além disso, a análise preditiva permite prever o comportamento do consumidor, possibilitando campanhas de marketing mais eficazes e a oferta de produtos alinhados às expectativas do público.
A gestão eficiente de dados também permite uma maior personalização da experiência do cliente. Com insights detalhados sobre o comportamento e histórico de compras, os shopping centers podem criar experiências altamente personalizadas para os consumidores. Isso vai desde recomendações de produtos personalizadas até ofertas exclusivas e descontos direcionados.
Essas práticas não apenas atendem às expectativas crescentes dos consumidores por experiências mais relevantes e personalizadas, mas também permitem uma gestão mais eficiente e ágil dos recursos, impulsionando o sucesso a longo prazo no cenário do varejo.
Outlets
Quando se fala em tendências para shopping centers, outra novidade são os outlets, uma tendência que tem transformado a paisagem do varejo nos últimos tempos.
Os consumidores têm buscado não somente produtos de alta qualidade, mas também preços acessíveis. Assim, os outlets, que trabalham com coleções passadas, estoque parado ou produtos made for outlets passam a chamar a atenção do público.
Além disso, muitas marcas premium passam a reconhecer o potencial dos outlets como uma extensão estratégica da sua presença do mercado. Dessa forma, surgem, também, os outlets premium, com um tenant mix diferenciado, que conseguem atingir um público mais amplo e diversificado.
Para além dos preços vantajosos, os outlets também chamam a atenção do público pela experiência. Muitas vezes pensados em ambientes agradáveis e descontraídos, pet friendly, proporcionam aos consumidores uma jornada de compras diferenciada. Alguns, inclusive, investem em experiências gastronômicas ou espaços de lazer, como cinemas.
Lojas autônomas
Pensando no avanço tecnológico cada vez maior, muitos shopping centers têm acrescentado ao seu tenant mix as lojas autônomas, com experiências de compra sem atrito.
As lojas autônomas redefinem o conceito de autoatendimento ao eliminar a necessidade de interação com atendentes. Equipadas com tecnologias avançadas, como sensores, câmeras, aplicativos e sistemas de pagamento automatizado, essas lojas têm se tornado tendências para shopping centers pois oferecem praticidade e comodidade ao público ao mesmo tempo em que podem operar 24h sem a necessidade de funcionários.
A tendência das lojas autônomas tem surgido de diferentes formas em shopping centers. Por exemplo, as lavanderias self-service oferecem a possibilidade de lavar e secar roupas de maneira independente, utilizando máquinas automáticas e pagamento sem contato. Assim, representam uma inovação significativa no setor de serviços em shoppings, além de oferecer flexibilidade aos clientes.
Já algumas lojas autônomas funcionam por meio de aplicativos móveis. Os consumidores baixam o app, cadastram o cartão e, automaticamente, os itens escolhidos na loja são computados por meio de câmeras e sensores. Ao final da compra, o check-out é feito automaticamente no cartão cadastrado. A integração entre aplicativos e lojas físicas cria uma experiência omnichannel, permitindo uma transição fluida entre os ambientes online e offline.
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Há, ainda, as lojas híbridas, que combinam o melhor dos dois mundos, contando com funcionários para oferecer informações e tirar dúvidas ao mesmo tempo em que apresentam sistemas de self-checkout. Nesse modelo, os consumidores têm a opção de realizar suas compras de forma autônoma ou recorrer a assistência humana quando necessário. Essa flexibilidade atende a diversos perfis de consumidores, proporcionando uma experiência personalizada que se adapta às preferências individuais.
Life centers
Por fim, um conceito que tem chamado atenção entre as tendências para shopping centers são os life centers. Também conhecidos como edifícios multiuso, são espaços que misturam lojas, prestação de serviços, salas corporativas, espaços de lazer e experiências gastronômicas no mesmo ambiente.
Os life centers, que estão cada vez mais presentes em grandes metrópoles dos Estados Unidos e países da Ásia, têm como objetivo criar um ambiente dinâmico que atenda às diversas necessidades e interesses dos consumidores, transformando a visita ao shopping em uma experiência completa. Isso faz sentido sobretudo quando se pensa no crescimento desenfreado dos centros urbanos, em que nem sempre todos esses espaços são acessíveis a toda a população.
Nesse contexto, os life centers apresentam vantagens para os moradores da região em que se inserem e também para investidores e comunidade em geral, que podem se beneficiar do espaço. Além disso, muitos life centers são marcados por inovação e sustentabilidade. Ao incorporar espaços abertos, iluminação natural e áreas verdes, refletem, também, a preocupação com práticas ambientalmente responsáveis.