Taxa condominial é uma despesa mensal que os proprietários de apartamentos ou casas em condomínios devem pagar para cobrir os custos de manutenção e operação do condomínio. Essa taxa pode incluir despesas com segurança, limpeza, manutenção de áreas comuns, elevadores, jardins, entre outros serviços.
É importante que os proprietários de imóveis estejam cientes do valor da taxa condominial e de como ela é calculada, a fim de planejar suas finanças e evitar surpresas desagradáveis.
Neste artigo, exploraremos tudo o que você precisa saber sobre a taxa condominial.
O que é a taxa condominial?
Taxa condominial é uma despensa mensal a ser paga por cada condômino. Essa taxa é usada para arcar com as despesas condominiais, como custos de manutenção, operação e administração. O não pagamento da taxa condominial pode resultar em cobrança de juros e multas, além de poder levar à suspensão dos serviços oferecidos pelo condomínio.
Como é calculada a taxa condominial?
A taxa condominial é definida pela convenção. Como as despesas são pagas por rateio entre os condôminos, o cálculo pode ser por:
Fração ideal
A fração ideal de condomínio diz respeito ao quanto um imóvel a unidade corresponde dentro do empreendimento. Assim, se a unidade é maior, o proprietário pagará um valor maior, ou seja, o valor é proporcional a área ocupada pela unidade.
Unidade
Neste caso aqui, a fração de rateio é igual para todas as unidades, independentemente se uma possui maior área que a outra.
Híbrido
Neste tipo de fração, há uma mistura das duas modalidades citadas acima. Isso dependerá para que se aplicará cada uma das formas. É comum, por exemplo, que para as despesas ordinárias sejam pelo rateio por unidade, e as despesas extraordinárias sejam pelo rateio por fração ideal.
Veja também:
Como funciona o reajuste da taxa condominial?
O reajuste da taxa condominial deve acontecer na assembleia de condomínio. É durante as assembleias ordinárias que ocorre a definição da convenção de condomínios, e deve acontecer, ao menos uma vez por ano, a prestação de contas.
Válido lembrar que a respeito dessa assembleia, o artigo nº 1350 do Código Civil determina que deverá ser convocada anualmente pelo síndico e tem como fim a aprovação do orçamento das despesas, contribuições dos condôminos e prestação de contras. Também pode ocorrer a eleição de um novo síndico e alteração no regimento interno do condomínio.
Assim, se a prestação de contas e a previsão orçamentária mostrar que será necessário maior orçamento, será preciso aumentar a taxa condominial para que o condomínio consiga pagar suas contas.
O reajuste acontecerá após aprovação na assembleia. Para que haja maior transparência a respeito do reajuste da taxa condominial, uma boa dica é que durante a assembleia o síndico mostre documentos que comprovem tal necessidade. Para isso, é bom que seja mostrado: histórico de despesas, contratos realizados para manutenção, contas de energia e água, situação atual das contas, inadimplência, entre outras.
Quer saber mais sobre inadimplência em condomínio? Veja o vídeo:
Boas práticas para a redução da taxa condominial
A redução no valor da taxa condominial é um grande desafio, afinal, a lista de despesas condominiais é longa, envolvendo encargos, folha de pagamentos, manutenção, luz de áreas comuns, água, materiais de limpeza e mais.
A média de gastos da conta condominial é estruturada da seguinte maneira:
- De 40 a 50% do valor é destinado aos custos com a folha de pagamento de funcionários;
- De 20 a 30% dos recursos são gastos com consumo de luz, gás, telefone e água;
- Cerca de 15% do orçamento é destinado para manutenção de elevadores, seguros diversos e bombas;
- Aproximadamente 10% da taxa de condomínio é direcionada para gastos administrativos, fundo de reserva, pequenos reparos e despesas bancárias.
O cenário é desafiador, mas é possível lançar mão de ações eficientes para reduzir a taxa de condomínio em até 40%, minimizando também o nível de inadimplência. Veja algumas dicas que separamos para você:
Organização: isso é muito importante para ter melhor controle sobre os gastos. É muito mais fácil a visualização com planilhas bem organizadas e, principalmente, digitalizadas do que papéis amontoados e reunidos arbitrariamente em pastas direcionadas às contas do condomínio. Contar com um sistema para gestão de condomínios também é uma boa estratégia, pois além de todos os outros benefícios, essas informações estarão reunidas em um só lugar e de forma organizada.
Atenção para o consumo: para reduzir a taxa condominial, é fundamenta priorizar a economia de energia elétrica e de água do condomínio. Identifique os possíveis focos de desperdício e trace estratégias para redução.
Prioridade de custo: determine o que é realmente essencial para o condomínio. Procure saber em quais atividades do condomínio é possível reduzir a frequência sem comprometer a sua qualidade ou mudar a forma. Por exemplo: ao invés de lavar a calçada, apenas varrê-la.
Combata a inadimplência: os moradores inadimplentes são alguns dos maiores vilões do equilíbrio das contas e de uma possível redução na taxa de condomínio. Em tempos de crise econômica, vale a pena investir de forma mais assertiva em ações de combate direto ao problema. Promover reuniões para negociação de dívidas, definir descontos para os condôminos que pagarem a taxa antes do prazo de vencimento e agilizar ações judiciais para casos específicos são estratégias muito indicadas.
Aposte na tecnologia: Invista em sistemas inteligentes de gestão. Softwares especializados no segmento reduzem gastos com papel e armazenamento, por exemplo, além de aumentar a produtividade substituindo processos manuais. Automatização de 2º via de boletos e eliminação dos custos com folhas e impressão são algumas das vantagens econômicas da adoção da tecnologia na gestão.
Manutenções preventivas: elas representam economia a longo prazo. É fundamental que o condomínio implemente e mantenha uma agenda de manutenções, que saem muito mais em conta do que obras de reparação.
_____________
E aí? Gostou do artigo? Que tal ler agora sobre termo de quitação de taxa condominial?