O tenant mix, ou mix de lojas, é um conceito fundamental em shopping centers e é responsável pelo sucesso desses empreendimentos.
Por isso, neste artigo, vamos falar do conceito e importância do tenant mix nos shopping centers, como é feita a escolha do mix de lojas, as principais mudanças e quais as suas consequências.
Boa leitura!
O mix de lojas e sua importância
O termo tenant mix vem do inglês e literalmente significa mix de locatários em um shopping center. Talvez o melhor, inclusive, seja falar na variedade de atividades comerciais, serviços etc. que vão operar em um centro comercial. Isso com o objetivo de torná-lo o mais atrativo e conveniente possível para o público.
Todo projeto de um novo shopping passa pela definição criteriosa desse mix, porque, certamente, o sucesso do empreendimento depende da escolha adequada das operações. Afinal, ninguém vai a um shopping se ele não tiver uma variedade adequada de ofertas.
Mesmo após a inauguração, o shopping mantém atenção sobre o seu mix de ramos de atividades, ou simplesmente mix de lojas, para se manter relevante.
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Escolha do mix de lojas
Embora existam tipos diferentes de shoppings, como tradicionais, temáticos, outlets e outros, todos eles se preocupam com os ramos de atividades que vão operar no empreendimento, como vestuário, supermercados, magazines, eletroeletrônicos etc. O equilíbrio na oferta de varejo, serviços, alimentação e entretenimento definem sua performance.
Normalmente há um percentual para cada ramo de atividade, bem como uma definição da localização ideal na planta do shopping para essa distribuição. Para facilitar a classificação das operações, a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) definiu uma lista com quase 200 ramos de atividades para padronizar e facilitar o trabalho.
Saiba mais: Conheça 5 tipos de shopping.
Tipos de lojas
Dentro do mix, os responsáveis pelo projeto de um shopping também se preocupam com os tipos de lojas que vão ocupar os espaços.
Os primeiros locatários ou lojistas a serem considerados são os âncoras, que ocupam idealmente, em média, 45% da ABL (Área Bruta Locável) de um empreendimento. Eles são os principais responsáveis por trazer o público para o shopping, em virtude de serem marcas renomadas, e se caracterizam também por serem lojas bastante grandes.
Normalmente são supermercados, lojas de material de construção, magazines, cinemas, redes de varejo de moda, entre outros.
Quer saber mais sobre os tipos de lojas? Assista ao vídeo da FAQ – Perguntas e Respostas:
As mudanças no mix de lojas em shopping centers
Para além do conceito, importância e formação do mix de lojas, é importante falar sobre as mudanças mais recentes no mix de lojas em shopping centers. Por exemplo, mudanças no predomínio de determinados tipos de loja, agrupamento de lojas e mais.
Confira:
Lojas âncoras e megalojas
Recentemente, os shoppings têm sofrido uma mudança no seu mix, com a redução das lojas âncoras (em quantidade e/ou tamanho das lojas), sendo essas áreas muitas vezes ocupadas por megalojas (tipo de loja que vem logo depois das âncoras em termos de tamanho).
Essas megalojas estão voltadas, sobretudo, para:
- lojas-conceito (flagships), que são uma junção de varejo + experiências;
- diversificação com novos entretenimentos;
- ou restaurantes mais sofisticados, o que o mercado tem chamado de “restaurantes fora da praça de alimentação”.
Inclusive, no último censo divulgado pela Abrasce, no início de 2023, é apresentado um crescimento expressivo desse tipo de restaurante.
Leia também: Lojas-conceito: como a experiência de compra pode transformar o consumo.
Agrupamento de lojas
Outro ponto importante é que as equipes comerciais dos shoppings já identificaram grupos de lojas que funcionam melhor em conjunto, ou seja, vizinhas ou muito próximas em uma determinada área do mall.
A reunião de determinadas marcas de vestuário, joias ou bijuterias, perfumaria e acessórios, por exemplo, criam uma combinação poderosa na atração e conveniência proporcionada para a jornada do consumidor.
Novos desafios
Em resumo, estamos vendo e veremos, cada vez mais daqui para frente, os shoppings se aproximando mais de centros de convivência e experiências do que centros de compras simplesmente.
Essa transformação já é perceptível em alguns empreendimentos e está em estudo em tantos outros e traz novos desafios à criatividade dos times que precisam gerenciar o tenant mix!