Interiorização de shoppings é um processo que tem sido uma tendência crescente nas últimas décadas, especialmente em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Esse processo envolve a expansão do mercado de shopping centers para cidades com até 100 mil habitantes, o que permite aos consumidores de cidades menores terem acesso a mercadorias e experiências que até então ficavam restritas a capitais e grandes centros urbanos.
Segundo levantamento da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Center), em 2019, mais de 50% dos shoppings já estavam fora das capitais no Brasil. No mesmo ano, 10 de 15 novos shoppings a serem inaugurados, não estariam em capitais.
Neste artigo, serão discutidos os principais aspectos relacionados à interiorização de shopping centers e suas implicações.
Veja também: Inovações e tendências para shopping centers em 2023
Interiorização de shoppings
A interiorização de shoppings, embora seja uma tendência em ascensão em países em desenvolvimento, não é um movimento novo. Nos Estados Unidos, por exemplo, é viável e existente shoppings em cidades com até 30 mil habitantes.
Modelos comuns em cidades fora das metrópoles são os open malls e os strip malls, que possuem custos tanto de operação como de construção mais baixos que shopping centers. Contudo, encontramos também shopping centers fora das capitais, como nos casos das cidades Sinop, no Mato Grosso, e Uberaba, em Minas Gerais.
Uma das vantagens da construção de shoppings afastados dos grandes centros urbanos ou capitais, é que o custo de ocupação é inferior, ou seja, é mais barato a abertura e operação no interior. Outrossim, nessas cidades há demanda reprimida, o que torna interessante a abertura de shoppings para suprir essa demanda.
Impacto socioeconômico da interiorização de shoppings
A interiorização de shoppings pode ter um impacto significativo no desenvolvimento socioeconômico de uma região, afinal, expande-se o público consumidor.
A construção de um shopping center pode criar diversos empregos diretos e indiretos, desde a construção do empreendimento até a sua operação. A abertura de lojas e a administração de um shopping pode atrair novas empresas e negócios para a região, gerando oportunidades de trabalho.
Além da geração de empregos, também a atração de investimentos, o que acaba gerando desenvolvimento socioeconômico na região. Com isso, há também o impacto financeiro, pois a renda local tende a crescer, acompanhando o crescimento econômico da região.
Embora apresente vantagens e impactos positivos, a interiorização de shoppings também apresenta desafios.
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Desafios da interiorização de shoppings
Como já vimos, o processo de interiorização de shoppings apresenta significativas vantagens além de benefícios tanto para o local que recebe o empreendimento, como para quem está por de trás da execução e operação. Contudo, é preciso salientar os desafios que esse processo tem.
Um dos principais pontos a serem analisados é a infraestrutura. É importante que a região tenha uma infraestrutura adequada para a instalação de um shopping, seja ele um shopping center, strip mall ou open mall. Isso inclui aspectos como acesso fácil e seguro para os consumidores, transporte público, energia elétrica, água e esgoto, além de outros serviços básicos.
Com isso, é fundamental pensar a respeito da logística para o transporte de mercadorias e serviços. O transporte de mercadorias e serviços para o pode ser um desafio em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, seja em relação aos custos ou infraestrutura.
A interiorização de shoppings pode gerar desafios na atração de lojistas, uma vez que eles podem ter dúvidas sobre a viabilidade do empreendimento. É importante que o shopping center ofereça incentivos e condições atraentes para atrair as lojas e garantir a diversidade e qualidade dos produtos oferecidos. Por isso, é necessário analisar e avaliar bem a região, realizando levantamento do padrão de consumo para que o empreendimento seja viável e rentável. Ou seja, é preciso estudar a sustentabilidade e a viabilidade a longo prazo.
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