Dedetização em condomínios: saiba tudo sobre periodicidade, custos, responsabilidades, legislação e boas práticas.
A dedetização é uma prática essencial para manter o ambiente condominial saudável e seguro. Afinal, pragas urbanas, como ratos, baratas e cupins podem trazer diversos prejuízos para o espaço do condomínio e para a saúde dos moradores.
Pensando nisso, organizamos este artigo com as principais orientações e informações sobre dedetização em condomínios: quando e como fazer, quais os custos, de quem é a responsabilidade e muito mais.
Para saber melhor, é só continuar lendo!
Entenda a importância da dedetização em condomínios
Pragas urbanas são problemas bastante comuns no dia a dia dos moradores de grandes cidades, e condomínios não estão imunes a essa realidade.
Animais como ratos, cupins, baratas e mosquitos, além de gerarem incômodo, podem apresentar diversos riscos, tanto para a infraestrutura do condomínio quanto para a saúde dos moradores.
Nesse sentido, a dedetização é uma estratégia essencial para manter um ambiente seguro e saudável, garantindo qualidade de vida para todos.
Os principais tipos de pragas que atacam condomínios
As pragas mais comuns em condomínio tendem a variar conforme a região em que o empreendimento está localizado e a época do ano. Porém, algumas espécies apresentam mais recorrência, como:
- ratos: além de contaminarem alimentos e ambientes, também podem causar danos estruturais ao roer fios e tubulações;
- cupins: podem ser de solo ou de madeira e representam uma ameaça silenciosa, comprometendo alguns tipos de estrutura;
- baratas: carregam bactérias que podem contaminar alimentos e provocar alergias;
- pombos: podem transmitir doenças como criptococose e salmonelose por meio de suas fezes, além de causar danos estruturais em telhados e fachadas;
- insetos voadores: mosquitos e pernilongos, como o Aedes aegypti e o mosquito-palha, são responsáveis pela transmissão de doenças graves, como dengue, zika, chikungunya, febre amarela e leishmaniose;
- barbeiros: são insetos associados à doença de Chagas e, ao contrário do que se pensa, também podem aparecer em áreas urbanas e construções de alvenaria.
Nesse contexto, ignorar a dedetização ou realizá-la em uma periodicidade inadequada pode resultar em problemas graves para o condomínio, além de levar a gastos maiores no futuro e acarretar conflitos entre os moradores e a gestão.
Como funciona a dedetização em condomínios?
Para manter o ambiente condominial seguro e livre de pragas, é importante que a dedetização seja planejada e executada com cuidado, por profissionais qualificados para o trabalho.
Assim, é importante que o síndico e a administradora, ao realizarem a contratação da empresa prestadora de serviço, verifiquem a qualificação dos profissionais, as certificações da equipe e a qualidade dos produtos utilizados.
Métodos mais utilizados na dedetização profissional
Os métodos de dedetização variam conforme o tipo de praga e o nível de infestação, e a escolha da melhor opção deve partir da equipe responsável pelo procedimento.
Entre os métodos mais comuns, podemos citar:
- dedetização química: acontece por meio de pesticidas, aplicados por pulverização, nebulização, pó ou iscas, por exemplo.
- dedetização biológica: é o controle de pragas por meio de predadores, parasitas ou patógenos, ou seja, agentes biológicos.
- dedetização física: acontece com o apoio de equipamentos físicos, como barreiras, armadilhas ou controle térmico, para impedir a entrada ou capturar pragas.
Dedetização preventiva e corretiva
Da mesma forma que as manutenções em condomínio, é possível dividir os tipos de dedetização entre preventiva e corretiva.
A dedetização preventiva acontece periodicamente, mesmo na ausência de pragas visíveis. Seu objetivo é evitar o surgimento de pragas, criando uma barreira de proteção no condomínio. Dessa forma, evita-se emergências e reclamações dos moradores.
Já a dedetização corretiva é realizada em resposta a uma infestação já identificada. Essa ação tem como foco eliminar pragas que já estão presentes e costuma ser mais trabalhosa e custosa, além de causar maior incômodo aos moradores.
Nesse sentido, a melhor estratégia é combinar as duas abordagens, mantendo um calendário regular de dedetização preventiva e aplicando ações corretivas quando necessário, para garantir o controle total de pragas no condomínio.
De quanto em quanto tempo fazer a dedetização?
A periodicidade da dedetização em condomínios depende de diversos fatores, como o tipo de praga mais comum na região, as características do condomínio e as legislações locais.
Porém, como vimos anteriormente, é importante estabelecer um cronograma para evitar infestações e manter o ambiente seguro.
Periodicidade recomendada
De forma geral, a dedetização preventiva deve acontecer a cada 6 meses, para manter a barreira protetiva contra infestações.
Porém, em áreas com maior incidência de pragas específicas, pode ser necessário realizar ajustes na frequência.
Melhores épocas do ano para dedetização preventiva
A dedetização é mais eficiente quando realizada antes dos períodos de maior proliferação de pragas.
Dessa forma, é interessante realizar o procedimento em dois diferentes momentos:
- primavera e início do verão: épocas ideais para prevenir o aumento de insetos, como mosquitos e baratas, que tendem a se multiplicar com o calor e a umidade.
- outono: é um bom momento para controlar roedores e outras pragas que buscam abrigo com a chegada do frio.
Dedetização corretiva
Já no caso de infestações, a realização da dedetização deve ser imediata, independentemente da época do ano.
Assim que se detectar sinais claros de infestação, como a presença de ratos, ninhos de pombos ou infestações de baratas, deve-se solicitar o serviço. Dessa forma, evita-se a propagação das pragas e danos maiores.
Custos e responsabilidades na dedetização condominial
A dedetização em condomínios, embora seja uma tarefa essencial, pode representar um custo significativo nas contas do condomínio. Por isso, é importante realizar um planejamento financeiro e incluir essa despesa na previsão orçamentária anual do condomínio.
Além disso, também é fundamental entender quem deve arcar com as despesas e como realizar o rateio entre os condôminos. Vamos falar sobre isso?
Quando custa para dedetizar um condomínio?
O custo da dedetização em condomínios pode variar significativamente a depender de diversos fatores. Em geral, os principais aspectos que influenciam o preço são:
- tamanho da área a ser tratada;
- tipo de praga a ser combatida;
- método de dedetização escolhido;
- frequência do serviço (mensal, semestral ou anual);
- localização do condomínio.
Geralmente, contratar pacotes de serviços anuais pode oferecer economias em relação a contratações avulsas. Além disso, manter um contrato de prestação de serviços com uma empresa dedetizadora pode ser uma opção mais vantajosa a longo prazo.
De quem é a responsabilidade?
A responsabilidade pela dedetização é dividida entre todos os membros do condomínio: síndico, administradora, funcionários e condôminos.
Quando falamos das unidades privativas, é papel dos moradores garantir o controle de pragas por meio de limpeza regular dos ambientes e vedação de possíveis pontos de entrada.
Da parte do síndico, é sua responsabilidade escolher uma empresa idônea e especializada para realizar o serviço, além de supervisionar a sua realização. Além disso, também é seu papel solicitar e manter os relatórios e comprovantes do serviço realizado.
Já quando falamos da administradora, é seu papel realizar o controle financeiro do condomínio e garantir que os gastos com a dedetização estejam no planejamento anual.
Além disso, também é dever da administradora, assim como do síndico, garantir que o condomínio esteja em conformidade com as leis e normas locais relativas à dedetização.
Por fim, outra responsabilidade da gestão do condomínio em conjunto é a comunicação. Deve-se informar de forma adequada os moradores sobre a data e o horário da dedetização, bem como as medidas de segurança necessárias antes, durante e depois do procedimento.
Como ratear os custos entre os condôminos?
A dedetização nas áreas comuns do condomínio é responsabilidade de todos os condôminos, assim como as demais despesas condominiais.
O rateio dos custos de dedetização entre os condôminos geralmente segue as mesmas regras aplicadas a outras despesas comuns do condomínio. É possível fazer essa divisão de duas formas:
- divisão igualitária: divide-se o custo total igualmente entre todas as unidades.
- fração ideal: rateia-se o valor proporcionalmente à fração ideal de cada unidade.
Para garantir transparência e evitar conflitos, é recomendável que o método de rateio seja definido em assembleia e registrado em ata.
Existe, também, a possibilidade de o pagamento da dedetização recair sobre um morador específico, caso identifique-se que a infestação de insetos ou pragas se originou a partir de sua unidade.
Lei de dedetização em condomínios: o que diz a norma?
Embora não exista uma lei federal específica sobre dedetização em condomínios, há normas e regulamentações que devem ser observadas.
A primeira delas é, claro, o Código Civil, a legislação que rege os condomínios. O Código Civil estabelece que o proprietário é responsável por manter a propriedade em condições adequadas de uso e conservação. Dessa forma, entende-se a obrigação dos condôminos de contribuir para a dedetização adequada do espaço condominial.
Além disso, alguns estados possuem legislações específicas. Por exemplo, no Rio de Janeiro, a Lei Estadual 7.806/2017 determina que os condomínios têm a obrigação de providenciar serviços de desinsetização e desratização conforme as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Por fim, a Resolução n° 52 da ANVISA, que dispõe sobre o funcionamento de empresas especializadas na prestação de serviço de controle de pragas, também pode ajudar a entender como funciona a dedetização em condomínios.
Requisitos legais para contratar uma empresa especializada
Quando se fala em legislação, também pode ser interessante analisar alguns requisitos legais ao contratar uma empresa para a realização da dedetização.
Alguns dos requisitos são:
- Licenciamento: a empresa deve estar cadastrada e licenciada junto ao órgão ambiental competente.
- Registro profissional: é necessário que a empresa tenha registro no Conselho Profissional correspondente à categoria do Responsável Técnico (biólogo, veterinário, químico, engenheiro químico, farmacêutico ou agrônomo).
- Conformidade com a ANVISA: a empresa deve respeitar as normas da ANVISA, especialmente a Resolução n° 52.
- Uso de EPIs: durante a execução dos serviços, os profissionais devem utilizar os Equipamentos de Proteção Individual adequados.
Agora você já sabe tudo sobre dedetização condominial e pode garantir o cumprimento de todos os processos de forma adequada em seus condomínios.