Se você pretende investir em imóveis ou Fundos Imobiliários, entender como funcionam as principais fases do ciclo imobiliário é o primeiro passo.
Tendo o conhecimento necessário sobre as movimentações do mercado imobiliário, é mais fácil investir seu dinheiro com mais estratégia e potencializar seus lucros com mais segurança e menos imprevistos.
Neste artigo, vamos mostrar o que é o ciclo imobiliário, como ele funciona e sua importância para investir. Vamos lá?
O que é o ciclo imobiliário?
Ciclo imobiliário refere-se às oscilações periódicas nos preços e atividades do mercado imobiliário.
Eles são influenciados por diversos fatores, como taxas de juros, demanda do mercado, crescimento econômico e políticas governamentais.
Esses ciclos geralmente incluem fases de expansão, em que os preços e a atividade de compra aumentam, seguidas por fases de contração, onde os preços e a demanda diminuem.
Saber como esse ciclo do mercado funciona é fundamental para qualquer pessoa que deseja investir em imóveis ou até mesmo em Fundos Imobiliários (FIIs).
Além disso, ter conhecimento sobre as fases do ciclo imobiliário ajuda a obter uma visão mais ampla do mercado financeiro como um todo. Vamos explicar cada uma delas no próximo tópico. Continue lendo!
Quais são as fases do ciclo imobiliário?
O ciclo imobiliário geralmente passa por quatro fases: de recuperação, expansão, hiperoferta e contração.
1. Fase de recuperação
Após uma contração econômica, os preços das propriedades começam a se recuperar. A demanda começa a aumentar à medida que as condições econômicas melhoram e as taxas de juros podem estar relativamente baixas, incentivando compradores e investidores.
2. Fase de expansão
Nesta fase, a demanda por propriedades aumenta de maneira significativa. Os preços das propriedades continuam a subir, enquanto mais pessoas estão interessadas em comprar e investir em imóveis. A construção também aumenta para atender à demanda crescente.
3. Fase de hiperoferta
Nesta fase, a oferta de propriedades no mercado supera a demanda. Os preços começam a estagnar ou mesmo a cair, já que há muitas propriedades disponíveis e menos compradores interessados.
A construção ainda pode estar em alta devido aos planos iniciados durante a fase de expansão.
4. Fase de contração ou recessão
Durante esta fase, os preços das propriedades caem ainda mais. A demanda permanece decadente, e os preços podem atingir seus pontos mais baixos. A construção também diminui bastante, já que os construtores reagem à redução na demanda.
É importante esclarecer que essas fases não têm uma duração fixa e podem variar em tempo e intensidade com base em uma variedade de fatores econômicos, políticos e sociais.
Qual é a relação entre o ciclo imobiliário e os ciclos econômicos?
Os ciclos imobiliários estão fortemente ligados aos ciclos econômicos de uma região ou país.
Eles são influenciados pelas condições macroeconômicas e por vários fatores que afetam a economia como um todo. Afinal, ao investir em imóveis, é fundamental acompanhar as principais taxas e índices que afetam diretamente esse mercado, como a taxa Selic, IPCA, IGP-DI etc.
Veja a seguir como o ciclo imobiliário e os ciclos econômicos estão correlacionados.
Ciclos de mercado e ciclos econômicos
Em tempos de expansão econômica, com baixo desemprego e crescimento econômico saudável, as pessoas têm mais liberdade financeira e, consequentemente, estão mais propensas a comprar imóveis.
Durante esses períodos, os salários geralmente são mais altos, as taxas de juros podem ser mais baixas e as instituições financeiras estão dispostas a emprestar dinheiro para compras imobiliárias.
Isso leva a um aumento na demanda por propriedades, elevando os preços e iniciando a fase de expansão do ciclo imobiliário.
Impacto das taxas de juros
As taxas de juros desempenham um papel essencial tanto nos ciclos econômicos quanto nos imobiliários.
Durante uma expansão econômica, por exemplo, o Banco Central pode aumentar as taxas de juros para conter a inflação.
Taxas de juros mais altas significam custos de empréstimos mais altos para compradores de imóveis, o que pode reduzir a demanda. Isso muitas vezes marca o fim da fase de expansão e início da fase de hiperoferta no ciclo imobiliário, que já citamos anteriormente.
Taxas de desemprego
Durante uma recessão econômica, o desemprego tende a aumentar. Quando as pessoas perdem seus empregos ou têm inseguranças sobre seu futuro no trabalho, geralmente adiam grandes compras, incluindo o financiamento de imóveis.
Dessa forma, a queda na demanda resultante pode levar a uma diminuição nos preços das propriedades e a uma fase prolongada de contração no ciclo imobiliário.
Investimento e desenvolvimento
Durante períodos de expansão econômica, há mais investimento em novos empreendimentos imobiliários. Construtoras e investidores estão mais dispostos a financiar novos projetos, levando a um aumento na oferta de propriedades.
Entretanto, se a economia entra em declínio, esses investimentos podem diminuir rapidamente de maneira drástica, reduzindo a oferta e prolongando a fase de contração no ciclo imobiliário.
Políticas governamentais
As políticas do governo, como incentivos fiscais para compradores de imóveis e regulamentações sobre empréstimos, também influenciam os ciclos imobiliários.
Mudanças nas políticas governamentais podem estimular ou restringir a atividade do mercado imobiliário, afetando diretamente o ciclo.
Em resumo, os ciclos imobiliários são reflexos das condições econômicas de um país. Eles são moldados pelas decisões de compra dos consumidores, disponibilidade de crédito, políticas governamentais e investimentos no setor imobiliário.
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Quanto tempo dura um ciclo imobiliário?
Como vimos, os ciclos do mercado imobiliário são complexos e influenciados por uma variedade de fatores sociais, políticos e econômicos.
A duração média pode variar com base em diversos fatores, incluindo condições econômicas, políticas governamentais e desenvolvimentos demográficos.
Portanto, não há um padrão fixo para a duração de um ciclo imobiliário, pois eles podem variar de alguns anos a décadas, dependendo das circunstâncias.
Em períodos de crescimento econômico, por exemplo, um ciclo imobiliário de expansão pode durar vários anos. Contudo, quando ocorre uma recessão ou uma crise financeira, o ciclo pode entrar em uma fase de contração, que também pode persistir por vários anos, especialmente se houver problemas sistêmicos no mercado imobiliário ou na economia como um todo.
Vale ainda ressaltar que a duração de um ciclo imobiliário pode variar em diferentes regiões e em momentos diferentes, tornando difícil estabelecer uma média precisa.
Investidores e analistas do mercado imobiliário geralmente usam dados em tempo real e análises detalhadas para entender a fase atual do ciclo.
Como investir com base no ciclo imobiliário?
Até aqui, você viu a importância de acompanhar o cenário econômico para entender o ciclo imobiliário. Mas como investir seu dinheiro com base nessas informações? Separamos algumas dicas para te ajudar:
- Acompanhe indicadores financeiros: fique atento a indicadores econômicos, como taxas de juros, crescimento econômico e mudanças nas políticas do governo. Eles podem fornecer pistas sobre a direção futura do mercado imobiliário.
- Reavalie seus investimentos com frequência: sempre que possível, reavalie seu portfólio imobiliário com base nas condições do mercado. Esteja disposto a ajustar sua estratégia de investimento conforme o ciclo evolui.
- Aproveite todas as fases do ciclo: durante as recessões, por exemplo, os preços podem cair bruscamente. Investidores podem comprar propriedades a preços mais baixos, antecipando uma futura recuperação do mercado.
- Diversifique o portfólio: considere diversificar seu portfólio investindo em diferentes tipos de propriedades, Fundos Imobiliários, ou em áreas geográficas diferentes para reduzir o risco durante a eventual fase de contração.
Por fim, lembre-se de que o mercado imobiliário é complexo, e o sucesso no investimento requer pesquisa, planejamento e, na maioria das vezes, orientação de especialistas em imóveis ou assessores financeiros.
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Esse texto foi escrito pela equipe da Toro Investimentos em parceria com a Group Software.