O balanço patrimonial é uma das principais ferramentas utilizadas para avaliar a saúde financeira de uma empresa, por isso, ele é tão essencial para a gestão de um negócio. Basicamente, é um relatório em que contará todos os ativos e passivos da empresa. Dessa forma, oferece uma visão clara da saúde financeira do empreendimento, permitindo que os gestores, investidores e credores avaliem o desempenho financeiro do negócio.
Neste artigo, discutiremos os conceitos básicos do balanço patrimonial, sua importância e o que compõe esse relatório.
Balanço patrimonial: definição, importância e estrutura básica
O balanço patrimonial é um dos principais relatórios financeiros utilizados para avaliar a situação financeira de uma empresa. Ele oferece uma visão clara do valor dos ativos, passivos e patrimônio líquido da organização, conforme já dito.
Esse relatório é responsável por mostrar o que a empresa possui (ativos), o que deve (passivos) e o que sobra (patrimônio líquido). Essas informações são fundamentais para os gestores e investidores, isso porque permitem entender a capacidade da empresa de cumprir suas obrigações financeiras e de gerar lucros.
A estrutura básica do balanço patrimonial é composta por duas colunas: a primeira lista os ativos da empresa, enquanto a segunda lista seus passivos e patrimônio líquido. O total dos ativos deve sempre ser igual ao total dos passivos e patrimônio líquido.
É válido ressaltar que o balanço patrimonial é uma obrigação legal para empresas de todos os portes e setores. Além disso, deve ser utilizado tanto para fins internos de gestão quanto para fins externos, como por investidores, credores e órgãos reguladores.
Em suma, o balanço patrimonial é uma ferramenta valiosa para a tomada de decisões estratégicas e operacionais, permitindo que os gestores identifiquem oportunidades de melhoria e implementem medidas para melhorar a situação financeira da empresa.
A seguir, vamos explicar o que são: ativo, passivo e patrimônio líquido.
Conteúdo relacionado: Relatório financeiro: conheça 4 boas práticas
Ativo
O Ativo é uma das partes do Balanço Patrimonial de uma empresa. Ele representa todos os bens e direitos que ela possui, que podem ser convertidos em dinheiro ou gerar benefícios futuros para a organização.
Os ativos são classificados em duas categorias: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante.
Ativo Circulante
O Ativo Circulante inclui todos os bens e direitos que possam ser convertidos em dinheiro ou utilizados pela empresa em um período inferior a um ano. Exemplos de contas do Ativo Circulante incluem:
- Caixa e Equivalentes de Caixa: dinheiro em espécie, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras de curto prazo que possam ser rapidamente convertidos em dinheiro;
- Contas a Receber: valores devidos pelos clientes da empresa pelas vendas realizadas a prazo;
- Estoques: bens e mercadorias mantidos pela empresa para serem vendidos ou utilizados no processo produtivo;
- Adiantamentos a Fornecedores: valores pagos pela empresa aos fornecedores como forma de garantir a entrega de mercadorias ou serviços em um período futuro;
- Despesas Antecipadas: despesas pagas pela empresa antecipadamente, como aluguel ou seguro.
Ativo Não Circulante
O Ativo Não Circulante inclui todos os bens e direitos que a empresa possui e que não sejam esperados serem convertidos em dinheiro em um período inferior a um ano. Exemplos de contas do Ativo Não Circulante incluem:
- Investimentos: participações em outras empresas ou títulos e valores mobiliários mantidos pela empresa com objetivo de obter retorno financeiro;
- Imobilizado: bens tangíveis utilizados pela empresa na sua atividade, como máquinas, equipamentos e imóveis;
- Intangível: bens intangíveis, como patentes, marcas e softwares, que possuem valor para a empresa, mas não podem ser tocados ou fisicamente observados;
- Diferido: despesas que a empresa tenha realizado e que se espera que tragam benefícios futuros, como gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.
É importante destacar que a classificação dos ativos em circulante e não circulante tem impacto direto na liquidez da empresa, ou seja, na sua capacidade de pagar suas obrigações a curto prazo. A gestão adequada do Ativo é fundamental para a saúde financeira da empresa.
Leia também:
Passivo
O Passivo representa todas as suas obrigações, dívidas e compromissos a pagar. Ele é dividido em duas categorias: Passivo Circulante e Passivo Não Circulante.
Passivo circulante
O Passivo Circulante inclui todas as obrigações e dívidas que a empresa deve pagar em um período inferior a um ano. Exemplos de contas do Passivo Circulante incluem:
- Fornecedores: valores devidos aos fornecedores pela compra de mercadorias ou serviços a prazo;
- Salários e Encargos Sociais: remuneração devida aos funcionários e os encargos sociais relacionados, tais como INSS e FGTS;
- Impostos a Pagar: tributos e impostos devidos pela empresa ao governo;
- Empréstimos e Financiamentos de Curto Prazo: dívidas e empréstimos que a empresa contraiu e que devem ser pagos em um período inferior a um ano.
Passivo não circulante
O Passivo Não Circulante, por sua vez, inclui todas as obrigações e dívidas que a empresa deve pagar em um período superior a um ano. Exemplos de contas do Passivo Não Circulante incluem:
- Empréstimos e Financiamentos de Longo Prazo: dívidas e empréstimos que a empresa contraiu e que devem ser pagos em um período superior a um ano;
- Debêntures: títulos emitidos pela empresa que conferem ao seu detentor o direito de receber juros e o valor principal em uma data futura;
- Provisões: obrigações que a empresa espera ter no futuro, como processos trabalhistas ou fiscais;
- Impostos Diferidos: impostos que a empresa espera pagar em um momento posterior, geralmente devido a diferenças temporárias na contabilização de suas receitas e despesas.
O Passivo representa as obrigações e compromissos financeiros da empresa, ou seja, seus débitos e suas responsabilidades. A gestão adequada do Passivo é fundamental para garantir que a empresa possa cumprir suas obrigações e manter-se saudável financeiramente.
Patrimônio líquido
O Patrimônio Líquido é a terceira e última parte do Balanço Patrimonial de uma empresa e representa a diferença entre seus ativos e passivos, ou seja, é o valor líquido que a empresa possui em seus bens e direitos. Ele é composto por três componentes principais:
- Capital Social: é o montante que os sócios ou acionistas da empresa investiram em sua criação ou expansão. É representado pelo valor total das ações emitidas pela empresa.
- Reservas de Capital: são recursos que a empresa acumulou ao longo do tempo, provenientes de suas atividades operacionais, como lucros retidos, ágios na emissão de ações ou reavaliação de ativos. As reservas de capital podem ser utilizadas pela empresa para novos investimentos ou para distribuição de dividendos aos acionistas.
- Lucros ou Prejuízos Acumulados: representam o resultado líquido das atividades da empresa ao longo do tempo, ou seja, o lucro ou prejuízo acumulado desde sua fundação. Os lucros acumulados podem ser utilizados para novos investimentos ou distribuídos como dividendos aos acionistas, enquanto os prejuízos acumulados podem ser compensados em exercícios futuros.
O Patrimônio Líquido é importante para a empresa, pois representa sua capacidade de investimento e de geração de lucro para seus acionistas. Uma empresa com um patrimônio líquido elevado e estável, geralmente, é vista com mais confiança pelo mercado financeiro e pelos investidores, pois tem maior capacidade de investimento e de enfrentar crises e adversidades financeiras.
Além disso, ele também é utilizado como indicador de saúde financeira da empresa, pois permite calcular indicadores importantes como o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) e a alavancagem financeira, que auxiliam na avaliação da eficiência e solidez financeira da empresa.
Leia mais sobre indicadores financeiros. Acesse o e-book:
Conclusão
O Balanço Patrimonial é uma ferramenta fundamental para qualquer empresa, pois fornece informações importantes sobre a situação financeira da empresa e ajuda na tomada de decisões estratégicas.
Por meio dele, é possível avaliar a capacidade da empresa de gerar lucros, fazer investimentos, quitar dívidas e, em última análise, garantir sua sobrevivência no mercado.
Além disso, é uma ferramenta indispensável para a gestão financeira da empresa e sua elaboração deve ser realizada com atenção e precisão para garantir resultados confiáveis e úteis para o negócio.
__________
Gostou do conteúdo? Que tal ler mais sobre indicadores financeiros?